Mega Drive, quem é mais antigo se lembra desse console que chegou nos anos 90 e que travava a uma guerra de vendas e marketing com a então poderosa Nintendo.
Antes de nos brindar com o famoso Mega Drive, a Sega dominava o mercado de Arcades nos anos 80, isso é os fliperamas, aquelas maquinas de colocar fichas para jogar, onde as mais conhecidas são as de jogos de luta e de corrida. Na época os jogos de Arcade eram os melhores, o que se podia ter de melhor em termos de gráficos, sons e jogabilidade. Porém não era um brinquedo que se podia ter em casa, graças ao seu tamanho. Com isso o mercado de consoles caseiros, os famosos video-games, era dominado por uma tal de Nintendo e seu famoso NES (Famicom no Japão ou Nintendinho no Brasil), que detinham quase 100% das vendas entre os 8 bits da época. Seu carro chefe era o jogo de plataforma Super Mario Bros, jogo que já chegou a marca de mais de 40 milhões de vendas.
Para conseguir concorrer com esse adversário de peso, a Sega que já possuía o Master System também de 8 bits mas que não ameaçava a poderosa Nitendo, resolveu focar os seus esforços em trazer a tecnologia dos 16 bits utilizada pelos seus Arcades para um console caseiro. Foi assim que surgiu o Mega Drive, inicialmente chamado de MK-1601, era a união do que tinha dado certo do Master System e a qualidade gráfica e sonora dos Arcades.
Seu lançamento oficial no Japão foi em 29 de outubro de 1988, o mesmo ano de lançamento do Super Mario Bros 3, o que ajudou a suas vendas a serem medianas nesse primeiro ano no Japão, deixando a expectativa de vendas melhores para território norte americano. Nos Estados Unidos o console chegou em 1989 com o nome de Genesis, visto que o nome Mega Drive já era patenteado, mas para conseguir melhorar suas vendas a Sega apostou nas campanhas de marketing, deixando que a sua distribuição na América fosse sobre os cuidados da Mattel.
Para chamar a atenção do mercado o Mega Drive queria mostrar que podia rodar jogos com a mesma qualidade dos Arcades, inclusive trazendo títulos já jogados nos fliperamas. Com isso o slogan da campanha inicialmente era “Nós trazemos a experiência dos Arcades para o seu lar”, inclusive junto com o console era vendido o jogo Altered Beast, clássico dos Arcades.
As coisas estavam dando certo até 1990, ano em que a Nintendo entrou no mercado 16 bits com seu SNES ou FAMICON, mas conhecido como Super Nintendo. Esse console trazia gráficos tão bons quanto os do Sega Genesis e o diferencial que era a franquia Mario, grande responsável pelas vendas da Nintendo. Sendo assim a Sega precisava de um mascote que substituísse o Alex Kidd e que fosse capaz de concorrer com o encanador bigodudo. Foi assim que surgiu o famoso ouriço azul, o veloz Sonic, com seu jogo Sonic The Hedgehog, que mostrava toda a superioridade do processador do Mega Drive sobre o SNES.
A Sega então decidiu mudar a sua campanha, passando a vender o seu console por um preço mais barato que o da concorrente e utilizando de um marketing mais agressivo, atacando descaradamente a Nintendo. Além disso o console passou a ser vendido juntamente com o jogo do Sonic, o novo mascote e que prometia desbancar o senhor Mario.
Esse combate entre as empresas foi marcante na era dos 16 bits, gerando opiniões divergentes até hoje de qual foi o melhor. Provavelmente foi nessa época que surgiram os primeiros fans boys dos consoles, uma divisão entre os seguistas e os nitendistas.
No Brasil o Mega Drive foi muito bem recebido, ele foi distribuído pela fabricante de brinquedos TecToy, que graças as suas campanhas publicitárias na qual utilizava revistas e televisão, incluindo uma parceria com o programa do Gugu, em um quadro chamado Game Show, levou o Mega Drive a ser o console de 16 bits mais vendido em território tupiniquim, desbancando o Super Nintendo.
Portanto o legado do Mega Drive, além de seus ótimos títulos é a nostalgia causada nos gamers mais antigos e a oportunidade de diversão para os gamers mais novos.
Lista dos 10 jogos mais vendidos do Mega Drive:
1. Sonic The Hedgehog – Mais de 15 milhões de cópias.
2. Sonic The Hedgehog 2 – 6 milhões de cópias.
3. Aladdin – 3 milhões de cópias.
4. NBA Jam – 1,93 milhões de cópias.
5. Mortal Kombat 2 – 1,78 milhões de cópias.
6. Street Fighter 2: Special Champion Edition – 1,65 milhões de cópias.
7. Altered Beast – 1,4 milhões de cópias.
8. Sonic e Knuckles - 1,24 milhões de cópias.
9. Mortal Kombat 3 – 1,02 milhões de cópias.
10. Sonic The Hedgehog 3 – 1,02 milhões de cópias.
Otimo texto, porém só errou na parte dizendo que o Snes chegou fazendo gráficos melhores. Tem sim alguns multiplataformas que ficam melhores em um do que no outro e vice-versa, mas em números o Mega Drive teve mais ports que rodavam mais bonitos graficamente nele do que no Sned, mesmo tendo tecnologia de 88 competindo com o Snes com tecnologia de 90, isso porque graças a facil programação que o Mega Drive oferecia e o rapido processamento que ajudava muito, diferente do Snes que tinha um processador lento e acabava prejudicando até mesma os gráficos.
ResponderExcluirO problema é que as pessoas acham que gráficos são só cores e sim, o Snes conseguia produzir mais cores simultaneas, porem gráficos não são apenas cores mas sim a junção da mesma com resolução, animação, efeitos, nitidez... e esses 4 itens que citei se davam melhor no Mega Drive, 4 itens melhores enquanto o Snes tinha apenas 1 item a favor que eram as cores.
Só ver na grande maioria dos ports do Snes, sempre com bastante cortes de animações se comparado ao Mega Drive, resolução menor que a do Mega Drive, efeitos como parallax que eram os mais usados na era 16 bits também eram melhores no Mega Drive, e graças a maior resolução que os jogos no Mega Drive obtia, os jogos nele se adaptavam melhor nas TVs, ficando mais nitido enquanto no Snes graças a baixa resolução que nao chegava a 4:3 deixava os jogos mais borrados pelo fato de terem que se esticar mais ainda.
Enfim, belo texto e boa história, porém o problema de todo texto que vejo (a grande maioria) é dizerem que o Snes obtia melhores gráficos quando na verdade o Mega Drive que levou a melhor nesse quesito.